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"Como é bom ter um xará, meu próprio nome chamar, o outro que sou eu mesmo é tão difícil achar." Dilan Camargo

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Noites de tormento...

Tirar uma soneca numa tarde de sábado e despertar completamente possuída de medo é uma coisa apavorante, foi isso que aconteceu a poucos dias e desde então minhas noites são marcadas por esse pavor. Aquele dia foi um dia tranquilo, mas o despertar daquela soneca foi apavorante, mas medo de quê? Medo da realidade, de repente me senti tão consciente da minha realidade, que fiquei tomada pelo medo, me senti sem esperanças, como se minha vida toda fosse uma ilusão, sustentada por minha mente doentia e por um instante me tornei consciente da realidade, então percebi que ela é apovorante, me senti sem forças para lutar, para mudar - e eu que vivo de mudanças - estou cansada de lutar como um Titã.
Minha casa é meu paraiso, meu refúgio, minha fortaleza, mas mesmo aqui tenho passado noites de tormento, demoro a pegar no sono, mesmo com os remédios, acordo com qualquer barulho, qualquer latido dos cachoros me põe em prontidão, a duas noites atrás o alarme da casa disparou - acordei, desliguei-o, esperei por uns minutos o monitoramente ligar, quando desliguei o telefone ouvi passos pelo pátio - fiquei apavorada, chamei a segurança, hoje penso que foi uma alucinação - psicosse, tenho medo do escuro, me tranco no quarto pra dormir. Outro noite na semana passada - de repente comecei a ter dificuldades para respirar, comecei chorar, meu nariz trancou, minha garganta se fechou, fiquei como alguém que tem uma crise de asma, isso não foi imaginação é real e não foi a primeira vez que isso aconteceu.
As noites de tormento trazem as idéias as suícidio. Nietzsche disse: "As idéias de suícidio são um consolo para as noites de insônia." Penso que as idéias de suícidio são consolo não só para as noites de insônia, elas servem de consolo também para uma vida que se torna sem esperanças, sem perspectivas. Acredito que o suícidio seja opção sim, quando não se tem mais o que fazer. Eu tenho uma decisão tomada, jurei que não viverei na insanidade, se eu não puder viver pela minha própria razão e força, se eu tiver que depender de outros ou se um dia tiver de viver internada por causa da minha loucura, antes disso, aceito o que minha mente me sugire nessas noites de tormenta. Mas isso é a última opção. Como vou fazer isso ou se terei consciência para executar não sei, mas acredito que num relampejo de luz eu faço o que terei de fazer.
Eu acredito que a vida é sempre a primeira e a melhor opção e é por ela que mudo todos os dias, que acordo e me levanto todos os dias e por ela que trabalho, estudo, cuido da minha saúde é para vida que dedico todos o tempo que tenho nesse mundo. Já me disseram que eu sou cheia de vida e essa vida tem que resplandecer como o sol que nasce todas as manhãs.