Quem sou eu

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"Como é bom ter um xará, meu próprio nome chamar, o outro que sou eu mesmo é tão difícil achar." Dilan Camargo

terça-feira, 13 de março de 2012

Tem algumas coisas que são inesplicáveis na vida de um bipolar, uma delas é como gastam seu dinheiro, minha vida econômica é um caus. Além disso minha vida profissional, está um desastre, a minha maior certeza que tenho que não nasci para o mundo de negócios. Crises bipolares vem e vão, momentos de dor, insconstancia, irritabilidade e até de desespero são ciclicas e quanto mais o tempo passa, mais vezes os ciclos se repetem, mas meus problemas com minha profissão são constantes, sou como alguém que está se afogando, as vezes sobe consegue um pouco de ar e volta à afundar outra vez, cheguei num ponto em que as coisas começam a afunilar e não tem mais saída, não há mais nenhum arzinho para buscar é impossível chegar a superfície, fazer o quê? mudar de profissão? dessa parte de mudar já estou cuidando, a história é a minha perspectiva profissional, sou apaixonada por estudar história e é isso que quero fazer futuramente, mas isto é um projeto para o futuro, e, ainda, não estou nem na metade do caminho.
Ontém comecei o estágio voluntário no Arquivo Histório, duas manhãs por semana, o silêncio e a tranquilidade e a amabilidade das pessoas que trabalham lá, me fizeram sentir também. Meu trabalho no Arquivo, no momento, consiste em limpar, colar, custurar os processos da justiça do trabalho é um trabalho lento e silencioso, exige cuidado para não rasgar os documentos. Aquelas horas que passei no Arquivo ontém me absorveram daquele mundo louco e agitado lá fora, é um trabalho esseencialmente manual, mas que faz a mente divagar por cada nome que aparece em cada processo, quem são aquelas pessoas, o que buscavam, justiça? vingança? recompensa financeira? quantas empresas processadas que já não existem mais, uma coisa é resultado da outra? Tudo isso me fascina, me encanta e, espero um dia viver de História, mesmo que seja para ensiná-la em qualquer escola que qualquer fundão desse pais.
Quanto aos meus problemas profissionais e financeiros são para mim, uma questão no momento irresolvivel, me pergunto o que há ainda para fazer? dependo dessa profissão para viver, mas não gosto do que faça, nem como as pessoas se comportam e agem nesse mundo, nem tão pouco como sou, muitas vezes, obrigada a agir. Se eu, ainda, acreditasse em Deus diria que só um milagre poderia me salvar nesse momento, cansei de lutar como um Titã contra os deuses do Olympo, fui gravamente ferida nessa luta e, esse esforço quase me custou a vida, que agora, tanto luto para manter em estado de equilibrio. Que os deuses tenham pena dos mortais.