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"Como é bom ter um xará, meu próprio nome chamar, o outro que sou eu mesmo é tão difícil achar." Dilan Camargo

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Hoje falei...

Faz alguns dias, ando muito triste, já tive momentos piores que este, mas nunca havia sequer comentado qualquer detalhes da minha infância e/ou adolescência, com qualquer um dos meus amigos, no entanto, hoje foi diferente.
Minha amiga C. me chamou para irmos beber. Fomos tomar umas cevas num barzinho. Tomamos várias. Entre um assunto e outro falei. Falei dos espancamentos na infância e adolescência. Falei do terrorismo, dos tormentos...quase chorei; mas consegui me conter.
Eu não sei porque isso saiu, porque em momentos muito mais difíceis nunca consegui abrir a boca a respeito de qualquer coisa que se havia acontecido no meu passado. Acredito que tem algo acontecendo, só não sei o quê!

domingo, 11 de outubro de 2009

desassossegos...

"Que desgosto o mate, cevado de mágoas pra quem não se basta pra viver tão só.." Este é o trecho de uma música, nativista aqui do sul, chamada "desassossegados". Esta música sempre me toca de uma maneira especial.
É domingo, a noite conheça a cair e com ela uma tempestade. Os trovões ecoam forte e, ao longe os relâmpagos iluminam a noite, o vento "minuano" assovia solitário lá fora, tão solitário como eu aqui, tomando um mate amargo.
A solidão não me trás tristeza, muito pelo contrário, gosto do sossego que ela proporciona. Depois de dias conturbados, que acabei por perder a cabeça várias vezes e fez brotar uma sensação de revolta, por ser vítima da injustiça e maldade de uma pessoa, que não consigo entender porque me quer tão mal.
Passar um dia como esses, me faz refletir sobre o quanto nossa vida depende unicamente de nós mesmos, somos seres criados individualmente e nossa vida nos pertence. É tão verdade isso, que quando nascemos somos desconectados da outra vida que nos gerou, porque se continuarmos ligados certamente morreremos. No entanto, há pessoas que acham que somos devedores delas, que o nosso ser as pertence, que nossas vidas devem ser vividas sob o controle, vontade e direção delas.
O desassossego que um momento como esse me trás é no sentido de que passamos uma vida toda ligadas a certas pessoas, dando muito mais de nós à elas, do que a nós mesmos e são essas mesmas pessoas que deixam marcas muito profundas e dolorosas em nossas vidas, que possivelmente ficarão para sempre conosco.