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"Como é bom ter um xará, meu próprio nome chamar, o outro que sou eu mesmo é tão difícil achar." Dilan Camargo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Resoluções nas crises.

Estou em crise, outra vez. Desde abril venho oscilando, segundo meu psiquiatra eu estava fazendo uma hipomania. Agora estou entrando em depressão, semana passada surtei, não sei o que foi aquilo, cheguei em casa e entrei em desespero, não conseguia tirar a roupa para me deitar, bateu uma tristeza enorme, chorei como criança e aquele velho fantasma veio habitar meus pensamentos, foi como um raio numa noite de tempestade, iluminou a escuridão. Morrendo de medo corri para o colo da única pessoa para quem eu consigo confiar essas situações. Mesmo assim, o medo continua rondando as minhas noites, porque ainda não achei explicação para eu trancar a porta do quarto, sendo que moro sozinha, num apartamento de um quarto.
Já li em muitos lugares que quando aprendemos a identificar os sintomas, podemos administrar melhor as crises. Mas como se pode administrar o que não tem? Quando estou entrando em crise o meu dissermimento a respeito das coisas que sinto é completamente confuso. Quando eu estava na euforia só percebi que estava mal quando tive um crise horrorosa de ansiedade. E, agora, na maior parte do tempo, não me sinto nenhum pouco depressiva, a não ser pelo surto da semana passada, os sintomas mais recorrentes são com a memoria, que tem me causado bastante dificuldade no trabalho, não me concentro em nada, perdi compleamente o foco. As dificuldades começam em sair da cama. No começo fui me permitendo sair da cama um pouco mais tarde e nos ultimos dias estava chegando depois das dez no trabalho, sinto palpitações, meu coração parece com um bolha que explode, volta a encher e volta a explodir, nos finais de tarde começa sempre uma dor de cabeça é como se meu cérebro estivesse todo inchado.
Eu tenho verdadeira aversão as minhas falhas de memória, sempre tive uma excelente memória sempre agi e reagi muito rapidamente a tudo, sempre fui muito agil e eficaz nas minhas tarefas, mas começo a perceber que isso faz parte do processo. Bueno, estou me observando, porque o médico disse que isso pode ser consequencia da crise ou dos medicamentos, como mexemos na dosagem dos remédios para eu estabilizar, temos que aguardar a ação dos medicamentos.
Hoje, a vadiagem se instalou no meu corpo, não fiz absolutamente nada de produtivo no trabalho. Também, com um dia frio, cinzento e chuvoso como o de hoje, não dava para esperar muita coisa. Fiquei na frente do pc pensando sobre o que quero para minha vida, como já fazia alguns dias que vinha pensando que está mais do que na hora de eu começar e terminar uma faculdade e que curso fazer, troquei umas idéias, pelo msn, com uma amiga que trabalha na assessoria de imprensa da universidade, decidi no final do ano, fazer vestibular para história. Ela me incentivou a me inscrever no ENEM e depois tentar uma bolsa pelo PROUNI, já que os médicos e remédios estouram minha vida financeira. Estou inscrita, que venha a prova e o vestibular, o último espero eu.

Um comentário:

Ella disse...

Crises vem e vão. O importante é entendê-las... E acredite, mesmo quando parece não haver motivos para as crises, elas existem sim! Por isso a terapia é tão boa. Boa sorte na prova! Fico lembrando de mim que me achava velha demais para o vestibular (27 anos) e burra demais pra passar numa faculdade pública. Pois é, eu passei e tenho esperanças de trabalhar de novo! Beijos querida e sucesso!