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"Como é bom ter um xará, meu próprio nome chamar, o outro que sou eu mesmo é tão difícil achar." Dilan Camargo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A muralha

Em algum lugar da minha mente existe uma muralha impenetrável conscientimente, essa murulha não permite que eu entre em contato com certas emoções, pior que quando tento tocá-la - a muralha - uma força dispara uma energia que me faz colocar em posição fetal protegendo minha cabeça com os braços. Tenho procurado uma ponte, um lago subterraneo ou um lugar onde eu possa escalá-la, mas não encontro nada. Por de trás dessa muralha existe uma parte da minha vida, posso vislumbrá-la do alto de uma montanha - essa montanha partem raios que fazem  chover forte sobre a muralha e, então  parte das emoções retidas dentro da muralha são liberadas. Mas, depois que a chuva passa, sinto um cheiro e um gosto horrível, há algo que me atormenta, me acusa de ter vivido uma parte da minha vida sem ter tido autorização.
Eu não sei o que é essa muralha. Não sei quem colocou ela lá. Sei o que está lá dentro, que parte de mim ficou lá dentro e, eu a quero de volta. Sei que quem pode derubá-la sou eu, mas não sei como.

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